Soneto da dor
Maltrata muito, a dor de amor,
A dor da desilusão,
A dor da separação,
Que tira o espinho da flor.
É dor que não tem pudor,
Nem tampouco a gratidão.
Dilacera o coração
De um poeta sofredor.
É dor que me beija, me abraça,
E que no meu peito, dói fundo.
Destrói a minha carapaça,
Eu me viro um vagabundo
( triste ) andando na praça,
Sendo o mais feliz do mundo.