Imagem do Google / espacoarte.com.br


- Pintura de Aldemir Martins (CE).


AMBROSIA [434]
 

Ninguém sabe explicar a poesia:
muito simples, já vem do pensamento,
vai à glote e, depois, a seu momento,
aos papéis, sem qualquer alegoria.
 

Bem colhida na folha, como tento,
pode alguém declará-la, assim, um dia:
Ela deve ser qual uma ambrosia,
o  manjar que nos cai do sentimento.
 

Nas palavras, dispersa, cristalina,
traz uns lindos trejeitos de menina,
debutante e botão, na puberdade.
 

Um poema nas praças não tem preço,
mas a quem o recebe, no endereço,
causa um bem com o matiz da liberdade.
 
Fort., 26/07/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 26/07/2013
Reeditado em 26/07/2013
Código do texto: T4406262
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.