Mariposa

Contemplando-a tão bela, ó donzela

enquanto vertes lágrimas tão negras

escondo-me por não poder contê-las

oculto pelas sombras da capela

pousada sob a égide da estátua

alcei vôo até ela, a minha amada

sussurrei-lhe aos ouvidos, porém nada!

Não há sorrisos, só persiste a mágoa

e a mariposa acima do cadáver

não deixa de chamar a atenção dela

seu coração parece reviver

não suportei teu pranto cara esposa!

o animal em silêncio lhe interpela:

- Vês? Voltei pra ti como mariposa!

Jefferson Viana
Enviado por Jefferson Viana em 25/07/2013
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T4404193
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