Mariposa
Contemplando-a tão bela, ó donzela
enquanto vertes lágrimas tão negras
escondo-me por não poder contê-las
oculto pelas sombras da capela
pousada sob a égide da estátua
alcei vôo até ela, a minha amada
sussurrei-lhe aos ouvidos, porém nada!
Não há sorrisos, só persiste a mágoa
e a mariposa acima do cadáver
não deixa de chamar a atenção dela
seu coração parece reviver
não suportei teu pranto cara esposa!
o animal em silêncio lhe interpela:
- Vês? Voltei pra ti como mariposa!