Diariamente
Eu sou um enfeite da civilização
Mais um tijolo no muro feito de ilusão
Sou ferro fundido à custa da razão
Não passo de uma figura impotente. Dependente
do ar que percorre esse meu pulmão latente
Sou fera pensante caminhando inconsciente
pelo caminho forjado pelos inocentes
Tenho suplicado à vida constantemente
ao Sol que caminha inebriado pelo horizonte
pedindo perdão em minhas noites insones
Por minhas falhas constantes e horripilantes
Tenho pedido tempo ao tempo, e paz e sossego
Continuo agradecendo por essa vida que tenho...
diariamente sou mais do que é muita dessa gente