A CHUVA E O POEMA
Chove na madrugada e o sono foi embora,
enquanto a voz do céu escorre pela calha
e a água derretida, um som mais claro espalha,
e um galo canta ao longe e diz que está na hora...
Que o dia já começa e a chuva, que atrapalha
as lidas da manhã, já está mais fraca agora;
o sol pode varar as nuvens campo afora
e o povo que desperta, esperto se agasalha.
Depois da chuva, o ar ecoa ainda mais limpo!
Ruídos de motor, mais outros sons garimpo,
enquanto recomeça a chuva mais pesada
e bate no telhado e escorre em enxurrada.
Se, sob o cobertor, meu corpo é um peso morto,
o verso que escrevi é apenas mais um porto.
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