Meu filho vindo de Angola
Do outro lado do Atlântico
E não é papo semântico
Desfez em mim um par
Lá meu filho foi morar
Aqui, senzala dos negros
Fiquei sem chão e apego
Pedi perdão ao continente
E hospedaria àquela gente
Madrugada, um frio vento
Me trouxe de novo o rebento
Unguento, voltei então a viver
Filho, eu o amo pode crer
A África descerra os panos
E eu amo meu filho angolano