Meu filho vindo de Angola

Do outro lado do Atlântico

E não é papo semântico

Desfez em mim um par

Lá meu filho foi morar

Aqui, senzala dos negros

Fiquei sem chão e apego

Pedi perdão ao continente

E hospedaria àquela gente

Madrugada, um frio vento

Me trouxe de novo o rebento

Unguento, voltei então a viver

Filho, eu o amo pode crer

A África descerra os panos

E eu amo meu filho angolano

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 25/07/2013
Código do texto: T4403658
Classificação de conteúdo: seguro