Soneto da Última Matilha

A deriva nesse mar de vazios

vejo esse horizonte trêmulo

e leio os livros raros de Rômulo

cavalgando a noite pleno de arrepios.

A deriva navegando a poesia

sem contar com a vida nem a morte,

esquecendo o azar, também a sorte;

versejando nu até raiar o dia.

Vou plantar jardim, semear a terra

viver sereno longe da guerra;

olhar a estrela em céu de brandura;

tecer um soneto em letra candura

consagrando esse grito final,

exorcizando as matilhas do mal.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 25/07/2013
Código do texto: T4403485
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