QUASE

Quase te lembro, doce ausência,
e o faço por pura demência,
nos dias em que desespero
por não ter o que tanto quero.

Quase te esqueço, triste presença,
e o faço por pura doença,
em dias que não te aguardo,
mas chegas. Então receio, tardo.

Quase não consigo ser, outra vez,
tanto quanto fui de ternura
a cada encontro. Mas na candura

do sorriso que me entregas,
volto a me encontrar às cegas
com o amor. Quase tudo se desfez.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 24/07/2013
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