PARA SEMPRE!

Foi ao tocar naquelas mãos tão quentes,

Macias mãos de uma candura Santa,

Foi qu’ eu ouvi dentro de mim, fremente,

Ouvi feliz o quanto a alma canta!

Pedi-lhe os lábios a beijar-me ardentes,

E ao sentir que aquele beijo encanta,

A levitar então fiquei clemente,

De mais mil beijos, emoção, sim, tanta!

Em cada toque de tuas mãos em mim

Pedi arfante em meu desejo o fim;

Que então morresse ali contigo, amor!

Qu’ este momento em nós vivente, assim,

Fosse infinito, para sempre, enfim,

Fosse a semente de uma eterna flor!

Arão Filho

São Luís-MA, 24/07/2013