Anoitecer
Edir Pina de Barros
É fim de tarde. Canta a passarada,
a compor uma alegre sinfonia,
declina o sol e vai morrendo o dia,
ao longe muge triste uma boiada.
O sol se põe nos morros da Chapada,
recolhe-se ao seu ninho a bela harpia,
abrigos buscam paca, anu, cotia,
carro de boi não geme mais na estrada.
O passaredo volta aos pés de manga,
descansa, sossegado, o boi de canga,
crianças já não brincam lá no vau.
A lua cheia sai, tirando o véu
de mil estrelas - rendas lá do céu –
e canta, solitário, um urutau.
Brasília, 24 de Julho de 2013.
Livro: Poesia das Águas, pg. 74
Edir Pina de Barros
É fim de tarde. Canta a passarada,
a compor uma alegre sinfonia,
declina o sol e vai morrendo o dia,
ao longe muge triste uma boiada.
O sol se põe nos morros da Chapada,
recolhe-se ao seu ninho a bela harpia,
abrigos buscam paca, anu, cotia,
carro de boi não geme mais na estrada.
O passaredo volta aos pés de manga,
descansa, sossegado, o boi de canga,
crianças já não brincam lá no vau.
A lua cheia sai, tirando o véu
de mil estrelas - rendas lá do céu –
e canta, solitário, um urutau.
Brasília, 24 de Julho de 2013.
Livro: Poesia das Águas, pg. 74