PROCURA
Que faz o sol por trás da nuvem escura
E a lua a esconder-se atrás dos montes,
A correnteza d’água sob as pontes,
Do rio o mar beber-lhe a doçura?
Que fazem dia e noite, nas alturas,
Os astros a luzirem no horizonte,
E as cores do arco-íris lá defronte
Ao manto azul do céu dar-lhe nervuras?
E por que o espírito se esconde
Invisível num invólucro mortal
A revestir a vida de mistério?
A natureza em si nunca responde.
Ela que é vida em estado natural
Diz que a morte procura o espaço etéreo.
Que faz o sol por trás da nuvem escura
E a lua a esconder-se atrás dos montes,
A correnteza d’água sob as pontes,
Do rio o mar beber-lhe a doçura?
Que fazem dia e noite, nas alturas,
Os astros a luzirem no horizonte,
E as cores do arco-íris lá defronte
Ao manto azul do céu dar-lhe nervuras?
E por que o espírito se esconde
Invisível num invólucro mortal
A revestir a vida de mistério?
A natureza em si nunca responde.
Ela que é vida em estado natural
Diz que a morte procura o espaço etéreo.
- Hermílio -
PROCURA
Letra: António de Sousa
Música: Alain Oulman
Corri a terra, o mar, o céu azul
Dentro e fora de mim, de norte a sul
O que buscava assim não sabia
Pedia-me mentiras e sorria.
Se passava entre flores ali ficava
E a beijos que me disse me emprestava
Mas nenhuma das flores era a flor
E nenhum dos amores era o amor.
O que buscava assim não sabia
Pedia-me mentiras e sorria
Quantos caminhos andados e perdidos
Nos caminhos mortais dos meus sentidos.
E um dia o da verdade veio a mim
E agora já me dou princípio e fim
Sou toda cicatrizes e cansaços
Mas tenho enfim o abraço dos teus braços
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Clique no link abaixo para ouvir>
http://www.youtube.com/watch?v=H-j6Qvh63gU