SONETO AMARGO
 
O rigor do inverno predomina,
a neve cai, ardem as lareiras.
No meu triste peito só rodeia
o frio do desprezo que alucina.
 
O silêncio atroz da tua ausência,
me condena a amarga desventura,
minha alma vagando às escuras
vai sorvendo o fel da tua essência...
 
Foi efêmero o tempo d’euforia,
que ao sabor de doces fantasias,
despertaste meu ser estagnado.
 
Ilusão o momento encantando,
que julguei ter achado um amor,
encontrei outra vez mais uma dor...


(imagem do google)