Confissões (48)
Edir Pina de Barros
Não sonho, nunca, o amor que seja eterno,
Pois sou covarde, tenho tantos medos
De esse viver, repleto de atoledos,
(um Éden que contém o próprio inferno).
Quisera o amor sonhado, vero e terno,
Liberto de mentiras e segredos,
Mais forte do que as lajes dos rochedos,
que aquece o frio d’alma em pleno inverno.
O amor é chama débil de uma vela
Acesa no cruzeiro da capela,
Que apaga ao leve toque de uma brisa.
Por isso o eterno amor eu nunca sonho,
Nem canto nos sonetos que eu componho
Que brotam de minh’alma, à sua guisa
Edir Pina de Barros
Não sonho, nunca, o amor que seja eterno,
Pois sou covarde, tenho tantos medos
De esse viver, repleto de atoledos,
(um Éden que contém o próprio inferno).
Quisera o amor sonhado, vero e terno,
Liberto de mentiras e segredos,
Mais forte do que as lajes dos rochedos,
que aquece o frio d’alma em pleno inverno.
O amor é chama débil de uma vela
Acesa no cruzeiro da capela,
Que apaga ao leve toque de uma brisa.
Por isso o eterno amor eu nunca sonho,
Nem canto nos sonetos que eu componho
Que brotam de minh’alma, à sua guisa