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FOGO DE MONTURO [433]
FOGO DE MONTURO [433]
O fogo que se esvoaça num pavio,
qual flama tão fugaz que se evapora,
tem tudo a ser chamado lume frio,
pois logo já se apaga e vai-se embora.
Por já correr que nem lençol de um rio,
mísera, a labareda não demora;
assim procede aquele amor sem brio,
carente de ter cores, mas não cora.
Veloz, voando ao vento, todo afeto,
talvez paixão ou termo que lhe calhe,
é de brinquedo, emigra sem trajeto.
Amor tem que ser fogo de monturo:
algo que dure e que ninguém o atalhe,
posto que sempre e num lugar seguro.
qual flama tão fugaz que se evapora,
tem tudo a ser chamado lume frio,
pois logo já se apaga e vai-se embora.
Por já correr que nem lençol de um rio,
mísera, a labareda não demora;
assim procede aquele amor sem brio,
carente de ter cores, mas não cora.
Veloz, voando ao vento, todo afeto,
talvez paixão ou termo que lhe calhe,
é de brinquedo, emigra sem trajeto.
Amor tem que ser fogo de monturo:
algo que dure e que ninguém o atalhe,
posto que sempre e num lugar seguro.
Fort., 22/07/2013.