SONETO DA NECESSIDADE.
A vida é horizonte,ilusório,indeciso,
morte é uma estrada,rápida,certeira,
entender esta passagem é preciso,
só cultuamos a vida breve, passageira.
Na estrada estou e sem tardância,
ainda não perdi,a eira nem a beira,
pois adulto sou em plena infância,
que ainda não percebe a vida ligeira.
O tempo silencioso,tolhe-nos o sentido,
as cortinas descem,escodem-nos o grito,
entender a real morte,é urgente,eu repito.
Da vida que é curta,estou destemido,
da morte que vem,escondemos aflitos,
na hora da verdade,ecoam-se os gritos.