O CANTO DA HARPIA

Qual a noite, qual o dia

Lembro, ò luz maravilhosa,

De olhos cegos... Eu sorvia

O ar dela, tão formosa.

Mas a fada era Harpia

O seu canto, ardilosa,

Levou-me ao mar e eu morria

Ao som da lira harmoniosa.

Antes eu tivesse ouvido

O herói acometido

Pelo agouro deste mar.

Hoje eu vivo agonizando

Nas águas daquele encanto

Que é o ato de amar.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 22/07/2013
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T4399210
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