O CANTO DA HARPIA
Qual a noite, qual o dia
Lembro, ò luz maravilhosa,
De olhos cegos... Eu sorvia
O ar dela, tão formosa.
Mas a fada era Harpia
O seu canto, ardilosa,
Levou-me ao mar e eu morria
Ao som da lira harmoniosa.
Antes eu tivesse ouvido
O herói acometido
Pelo agouro deste mar.
Hoje eu vivo agonizando
Nas águas daquele encanto
Que é o ato de amar.