SONETO À UM EU QUALQUER
Comigo não se brinca, amor
Eu tenho o coração de pedra,
Tenho apatia à espera,
Jamais pense que sou uma flor!
Comigo não se brinca, amor
Eu sou feito um moinho,
Eu tenho o coração de espinho,
Meu peito é feito de dor!
Comigo não se brinca, amor
Não tenho medo do caminho,
Gosto de chegar de mansinho,
Mas, se preciso, toco o terror.
Destruidora de sonhos mesquinhos,
Eu sou perigosa, meu amor!