RECORDAÇÕES

Lembra-te, minha amada, quando nós,

embriagados de amor, íamos ver,

naquela cachoeira, o entardecer

como pretexto pra ficarmos sós?

E enquanto a cachoeira tão veloz

caía sem parar, me punha a ler

meus versos de poesia e, com prazer,

ouvias calmamente minha voz.

“A vida – em um dos versos lhe dizia –

como essa cachoeira é tão constante!

Nunca para, jamais regressa, veja!”

E tu olhavas e me respondias:

“Aproveitemos, pois, todo este instante,

chega de ler poesias e me beija!”

Kleiton Muniz
Enviado por Kleiton Muniz em 21/07/2013
Código do texto: T4396971
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.