NOS CORNOS AGRESTES DA VIL DESGRAÇA

Na vida que espero a divina graça,

Que sempre ilumina a difícil vida,

Que faço em maior e em gentil ferida

Nos cornos agrestes da vil desgraça.

Ardente pensar que o destino traça

Nas horas vazias de dura sida,

Desfaz pensamento que houver medida

Dum tempo que mata a fatal carcaça.

De gênio cruel em pudor ligeiro,

Negrura nos olhos de tais famintos

Lugares de merda em gentil dinheiro,

Que junta ladrões dos demais instintos

Latentes da fúria que emana inteiro

E louco viver de cerveja e absintos.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 20/07/2013
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