NO SEIO DA NOITE. soneto-410.
Angustiado pela saudade que me afligia,
Pus-me a caminhar pelas ruas já escuras,
Então o gélido vento que em mim batia,
Era um carrasco causando-me tortura.
Olho no desalento tudo sereno ao redor,
Apenas fulgentes cães os bandos a latir,
E o olhar trepidante a caminhar tão só,
No seio da noite vi de pranto me cobrir.
Senti-me esgotado por tanto caminhar,
Já quase adormecido atrevi-me encostar,
No velho banco onde um dia te encontrei.
Já frágil cambaleando o sono me apanhou,
Acordei da hipnose pelo sol que me acossou,
E dessa noite fatídica felizmente me safei.
Cosme B Araujo.
20/07/2013.