Sem Nada!
Certo dia eu acordei,alucinada de dor,
Gritei, chorei e nada,foi ai que pensei:
A minha vida é uma piada, sem graça,
Vou cruzar os braços à espera da morte!
Lá, no extremo da minha alucinação,
Atirei os sapatos e os patos voaram,
Eles eram tantos que cobriram os céus,
Num véu de negrume sobre os mares!
Os deuses fugiram atrás da lua encantada,
E as escurecidas estrelas se dispersaram,
Partiram sem dizer nada, amarguradas!
Fiquei ali parada, a espera da morte,
Entreguei a minha sorte a essa danada,
Mas quando ela me viu,partiu, sem nada!