SEM CURA
Meu coração laceraste indo embora
Sem aconchego, padeço... Oh, tristura!
A solidão feito açoite tortura
Essa saudade feroz me devora
O desespero que sinto piora
Quanto mais vejo avultada a negrura
Resiste a chama, contudo... É loucura!
Meus devaneios habitas, senhora
Estás na seiva melíflua da lira
Em toda cena da minha quimera
Possuis beleza invulgar... Tu és rara!
Acaso diga que esqueço é mentira
Ouças quem tanto te quer e venera
Sendo doença esse amor, nunca sara