ESSÊNCIA II... (Soneto Brasileiro).

Há tempos não olhava o céu desse jeito,

Como quem perdeu um voo,

Ou quem sabe, lá encima,

A olhar tão distante,

Com saudade, quem ficou.

Há tempos meu caminho virou desfiladeiro,

Acelerado, desço e vou,

Despencando aqui de cima,

Uma pedra, então, rolante,

Que do limo se soltou.

Já não há tempo para mais nada,

Alguma coisa está mudada,

Ou talvez seja apenas a minha essência.

Por misturar um leve sentir de demência,

Com um estado latente de ausência,

Esse não caber de saudade guardada.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 17/07/2013
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