Soneto da morte !!
Amei, vivi, errei.
E como errei.
Nas margens de um rio,
sento e choro.
Talvez seja por vaidade, egoismo,
sinto meu sangue gelar,
a pele esfriar.
Sinto a vida se desfazando diante de mim,
nada posso fazer, a não ser sentar e esperar,
ela bela vindo em mim,
o mistério de onde ira me levar.
Faço-me de inocente em um mundo perverso,
faço-me de prisioneira, nesse mundo sem livre arbítrio.
As vezes acho melhor tudo se acabar,
a dor abandonar,
esquecer de tudo, da vida, da dor, do amor.
Sinto a doce pele gélida ,
que talvez não tenha mais vida daqui a umas horas,
sinto as lágrimas escorrendo,
mais desisto de lutar por mim.
A morte eu grito,
um grito de desespero!