VERGONHA

VERGONHA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=12/julho/2013)

O tempo nunca parou, quem parou sei que foi eu,

Quem tantos anos viveu e vê que o mundo mudou,

A humildade se acabou, a arrogância cresceu,

Foi só o que aconteceu, o meu ser se envergonhou!

Sou do tempo em que o jovem por senhor tratava o adulto,

Hoje tratam com insulto e picuinhas promovem,

Com mais nada se comovem, a lei lhe garante indulto,

Em meio a tanto tumulto suas culpas absolvem.

Chamam a isso progresso, modernismo, evolução,

Mas tenho a concepção que tudo isso é egresso

Razão porque me estresso e fujo à minha razão!

É triste quando a rotina foge do que a gente sonha

A decepção medonha ofusca nossa retina

Por isso atrás da cortina me escondo dessa vergonha!

(3o. pág. 80)

ACRÓSTICO

(Tema: "VERGONHA")

V i tantas coisas na longínqua estrada

E m que andei buscando a perfeição

R egosijei-me com a emoção

G alguei degraus que me levaram ao nada

O ntem, porém, ainda vi bondade,

N ada igual ao bem que se suponha;

H oje se ver incrédula humanidade

A proclamar ação que envergonha.

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=13/jan./2021)