MORADA DO AMOR

Ah, essa voz sem par que, aos meus ouvidos,

Como o canto da ave mais canora,

Soa e, de uma forma encantadora,

Inexorável, turva-me os sentidos...

Ah, essa meiguice, predecessora

Da paixão em que me sinto envolvido,

A tomar-me assim, sem alarido,

Qual força que de mim se faz senhora...

Num misto de ternura e de desejo,

O amor faz do meu peito a morada

Em que, para sempre, se estabelece...

A chama da volúpia me aquece

Ao toque, minha musa e namorada,

Inebriante e doce do teu beijo.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 15/07/2013
Reeditado em 15/07/2013
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