DA MATÉRIA COMPOSTA QUE SOU FEITO

Da matéria composta que sou feito,

Do sangue que circula nas artérias

Nas minhas duras mágoas que são sérias,

Vejo um triste passado tão desfeito.

Dos defeitos que não sou um perfeito

Ser mais desatinado e mesmo em férias

Dos vocábulos férteis sem estérias,

Nem de rudes arpejos levo jeito.

Que da minha infusão mais presunçosa

Existem meus caprichos tão secretos,

Em um tempo meu de arma belicosa.

Nos árduos pensamentos já discretos,

Desvenda-se a figura mais penosa

Dos meus sonhos de males tão concretos.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 15/07/2013
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