Segredo anda aos segredos

O segredo não dorme perambula no inconsciente

Feito flor que o vento tenta arrancar dos cabelos

Faz do dia; noite, escondido; de toda luz ausente

Cata refugiar-se no último giro do fio de novelos.

Segredo não dorme, martela a alma, chantageia

Quase se externa em pequeníssima oportunidade

É feito um estopim que se resvala por toda a veia

É um padecer aos resguardos além-imortalidade.

O segredo anda aos segredos; é a valiosa chave

Genuíno sonegar; intimidades envoltas na alma

É estojo reservado que pulsa e também acalma.

O segredo não repousa, seus olhos estão abertos

Ronda na esquina da noite, pois mora no escuro

Causa arrepio à solidão do ser em cima do muro.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 14/07/2013
Código do texto: T4387303
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