Segredo anda aos segredos
O segredo não dorme perambula no inconsciente
Feito flor que o vento tenta arrancar dos cabelos
Faz do dia; noite, escondido; de toda luz ausente
Cata refugiar-se no último giro do fio de novelos.
Segredo não dorme, martela a alma, chantageia
Quase se externa em pequeníssima oportunidade
É feito um estopim que se resvala por toda a veia
É um padecer aos resguardos além-imortalidade.
O segredo anda aos segredos; é a valiosa chave
Genuíno sonegar; intimidades envoltas na alma
É estojo reservado que pulsa e também acalma.
O segredo não repousa, seus olhos estão abertos
Ronda na esquina da noite, pois mora no escuro
Causa arrepio à solidão do ser em cima do muro.
Uberlândia MG
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