VELHO RIO

As águas do rio antigo lambem as pedras 
Nas tuas correntezas, elas parecem sorrir,
Nos remansos, calmos, mostram-se tristes
Onde sua face escura, afigura-se dormir

Mistérios e verdades são o que carrega
No seu velho leito de águas tão mutantes
Ora tresloucadas, despencando das alturas
Ora cruzando prados, mansas e elegantes

Oh velho rio, tens em ti, algemada minha infância 
Embora tuas águas sejam novas e eu outra pessoa
Às tuas margens sonho que sou aquela criança

Mas o velho que te olhas agora, correr placidamente
Ve pelas janelas vergastadas de tua alma madura,
Que o menino, foi-se em suas águas pra sempre!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 14/07/2013
Reeditado em 27/03/2024
Código do texto: T4387257
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