SONETO DO LADRÃO

Alma tão condenada ao seu calvário,

Pela arte de roubar os bens alheios,

Que assim fica de bolsos sempre cheios,

À custa, em quem se mostra mais otário.

Deste sujeito assim mesmo ordinário,

Que faz pecar os ricos, pobres, feios,

E bonitos, de que usam dos seus meios,

Para tentar travar este falsário.

Na sua vida humana sem verdade,

Que da maior verdade não se furta,

De levar uma vida de maldade.

Ó ladrão, não te esqueças desta curta

Mentira, de que nada em lealdade

És sujeito, do mal que mais te surta.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 14/07/2013
Reeditado em 14/07/2013
Código do texto: T4386521
Classificação de conteúdo: seguro