SONETO DA NOITE.
Quando o véu escuro da noite cai
e os notívagos saem a esmo
a cidade com luzes artificiais
luzes que brilham em si mesmo.
Tão perdidos e em busca do nada
caminham tristes de cabeça baixa
no escuro de suas próprias almas
sem brilho sem luz na vazia caixa
Oh! seres da escuridão aflitos
não olhem pra esse luar bonito
pois é só um pouco de ilusão
Sofrem coitados, almas sem razão.
Como a noite que é escura e fria
padecem de tanta dor, comoção.