SONETO DA NOITE.

Quando o véu escuro da noite cai

e os notívagos saem a esmo

a cidade com luzes artificiais

luzes que brilham em si mesmo.

Tão perdidos e em busca do nada

caminham tristes de cabeça baixa

no escuro de suas próprias almas

sem brilho sem luz na vazia caixa

Oh! seres da escuridão aflitos

não olhem pra esse luar bonito

pois é só um pouco de ilusão

Sofrem coitados, almas sem razão.

Como a noite que é escura e fria

padecem de tanta dor, comoção.

João Mafra
Enviado por João Mafra em 14/07/2013
Reeditado em 24/02/2018
Código do texto: T4386108
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