Soneto da Voz Muda do Bosque

Da voz do farfalhar cantigas novas

e o vento adentra o bosque dos sentidos

fazendo reviver o olor das rosas

que desfaz-se a paz dos sonhos partidos.

E na noite meu uivo então invade em prosas

rubras qual os corações iludidos

e nas pétalas uma tez nua e viçosa;

luares apaixonados refletidos.

Sutil feitiço assim descrito em verso,

que resplandeceu, luziu distinto,

sentido bem pra lá de controverso;

mas no meu espelho, eu pra mim não minto

encaro meu olhar do lado do inverso

transbordando amor e dor qu’eu sinto.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 13/07/2013
Código do texto: T4385800
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