PELA CULPA DA MINHA TENRA IDADE

Neste meu pensamento tão errante,

Que já de errado fui em pensamento,

Do que até me bastava este lamento

Quão demais lamentado sou amante.

Neste meu sentimento delirante,

Que foi bem delirado em sentimento,

E para mim chegava o meu contento

Do que fui contentado a cada instante.

Nesta minha verdade sou sujeito;

A que sou sujeitado na verdade,

Pelo tamanho crime, estava feito,

Dum juízo desfeito em validade

De que já validado está desfeito,

Pela culpa da minha tenra idade.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 13/07/2013
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