NO PARAÍSO DO ASTRÔ
NO PARAÍSO DO ASTRÔ
Carlos JotaPê Figueiredo
Na gangorra de corda da mangueira,
Em meio às outras árvores de frutas,
Me deixo balançar, livre das lutas
Que me acompanham pela vida inteira.
Há muito tempo que eu não me sentia,
Nesta paz tão divina, transcendente,
Por isso a inspiração chega, e, contente,
Até nas folhas secas há poesia!
Não é só isto e é bom que se diga
O que há então de mais importante:
É o aconchego desta gente amiga!
Que só existe na amizade pura
Abençoada por Deus a todo instante,
Que espera vê-la em toda criatura.