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- De algum modo, in memoriam, uma homenagem a meu pai, médio sitiante e agricultor, nas abas de uma serra, durante os anos mais vigorosos de sua frutírera existência.
O AGRICULTOR [427]
Na gleba adusta, arando sua lavra,
o camponês dos longes do sertão
espera as chuvas idas, no verão,
pois aos credores já lhes deu palavra.
Vergonha tem, e tem-na de montão,
o patrimônio só que o mais consagra;
e vende sempre em folha a safra magra,
se inverno farto cai-lhe à plantação.
De sol a sol, o bravo agricultor
não foge à faina, à sua dura lida,
porque no chão natal sentou raízes.
Do bom campônio, oh que desamor,
a prole foi tentar distante a vida,
bem hoje alguns, mas outros infelizes.
Fort., 12/07/2013.
Na gleba adusta, arando sua lavra,
o camponês dos longes do sertão
espera as chuvas idas, no verão,
pois aos credores já lhes deu palavra.
Vergonha tem, e tem-na de montão,
o patrimônio só que o mais consagra;
e vende sempre em folha a safra magra,
se inverno farto cai-lhe à plantação.
De sol a sol, o bravo agricultor
não foge à faina, à sua dura lida,
porque no chão natal sentou raízes.
Do bom campônio, oh que desamor,
a prole foi tentar distante a vida,
bem hoje alguns, mas outros infelizes.
Fort., 12/07/2013.