QUALQUER SOLIDÃO

Alegra-me qualquer solidão

Pois tira-me do tédio da vida;

O que é chegada já foi partida

E os que nascer' um dia pôr-se-ão.

Pesa-me todo o cansaço d' alma

Pois o trabalho é fardo pesado

E a tristeza, a perfídia, o enfado

são martírios que me desacalmam.

Eu vejo a Vida por mim passar

Mas, perdida, olvidou m'encontrar

Ou, perdido, não a encontrei.

No canto fumo mais um cigarro,

Bebendo, nos meus medos escarro

Em mais um poema que criei.

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 11/07/2013
Código do texto: T4382548
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