DEVERAS!
DEVERAS!
Silva Filho
És – deveras – a brisa incessante
Penetrando pelas frestas do meu peito
Revirando meus arquivos, meus defeitos
Balouçando as cortinas do mirante.
Enxotas o lençol que cobre o leito
Descobrindo os segredos dum amante
Meu corpo expondo para damas e bacantes
Sem que dele se retire algum proveito.
Brisa incessante que meu corpo afaga
No oceano fazes muitas vagas
E no meu peito... tempestade sazonal!
Não faço nada... sou assim imprevidente
Pois dos ventos vou seguindo as correntes
A procurar-te no destino boreal!
DEVERAS!
Silva Filho
És – deveras – a brisa incessante
Penetrando pelas frestas do meu peito
Revirando meus arquivos, meus defeitos
Balouçando as cortinas do mirante.
Enxotas o lençol que cobre o leito
Descobrindo os segredos dum amante
Meu corpo expondo para damas e bacantes
Sem que dele se retire algum proveito.
Brisa incessante que meu corpo afaga
No oceano fazes muitas vagas
E no meu peito... tempestade sazonal!
Não faço nada... sou assim imprevidente
Pois dos ventos vou seguindo as correntes
A procurar-te no destino boreal!