O CROSSE DA REBELDIA
À memória de «Maio 68»
A fina flor da Lusa Mocidade
À sombra do castelo se aprontou
E o Nacional de Crosse abrilhantou
As margens do rio Liz e da cidade.
Às voltas do estádio cirandou,
Equipa por equipa em novidade,
Dando energia ao sonho e à idade
Naquela prontidão que enfeitiçou.
Tocaram as sinetas e a fanfarra
Quando o primeiro atleta ressurgiu
Num sprinte vigoroso cheio de garra…
A meta, já tão curta, submergiu
Fazendo jus à mais brilhante farra
Que alguma vez a gente pressentiu.
No final do desfile aconteceu
Qu´ o medalhão do pódio se esvaiu
Pois o ´stranho vencedor não compareceu!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS