POBRE SUSY
Chovia e relampeava, já era tarde,
Na casa velha alguém havia parido
Houve bazófio e grande alarido
Comeu seu filho, num ato covarde.
Ainda vi seus olhinhos lá no chão
Quando gritei era tarde não houve jeito
Ela achou que o crime era perfeito
Parir na casa velha foi em vão.
Ainda com a barriga rente ao chão
Escondia nos vazios a negra perna
Que comera ao parir aquele cão.
Ainda via-se a tristeza no olhar
E sozinha ver a teta endurecer
Sem ninguém, para nela um sugar.