O passado
Posso mudá-lo, na cor do azulejo do quarto
posso esconde-lo, assim, debaixo da cama
o que vejo é crescente, desde aquele parto
passado... é assim que minha alma o chama...
Eu estou escrevendo e vivendo uma terapia
e a cada minuto... é como se uma estação
passasse, deixando exposta a minha agonia
de lembrar aquela primavera e o triste verão...
Posso deixá-lo, feito obra de arte na parede
ou repousando na varanda.. deitado na rede
mas feito marca na alma, não posso apagar.
O passado é a bandeira deste meu presente
tem dias que ele fica algumas horas ausente
e forte se incorpora... querendo me intimidar...