Soneto Ainda Mais ao Fim
Mas e da minha alma, Deus, que faço agora,
se mais e mais eu sou um louco isolado,
se toda esperança é um sonho acabado,
se nem um olho pelo Cosmos chora?
Pois de ocultar-me vem chegando a hora:
tão-somente um coração massacrado
é o que trago caminhando ao meu lado,
é o que te deixo... Sim, devo ir embora.
Arrebentei as cordas do meu violino
na tentativa de elevar-te além,
na luta insana contra o Gran Destino.
Voto agora ao homem um total desdém
e uma carta a um corvo em febre eu assino
na Noite quieta que matar-nos vem...