POBRE SUSY

Chovia e relampeava, já era tarde,

Na casa velha alguém havia parido

Houve bazófio e grande alarido

Comeu seu filho, num ato covarde.

Ainda vi seus olhinhos lá no chão

Quando gritei era tarde não houve jeito

Ela achou que o crime era perfeito

Parir na casa velha foi em vão.

Ainda com a barriga rente ao chão

Escondia nos vazios a negra perna

Com a língua lambendo a sua mão.

Ainda via-se a tristeza no olhar

E sozinha ver a teta endurecer

Sem ninguém, para nela um sugar.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 10/07/2013
Código do texto: T4381332
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