Das Minhas Solidões Dominicais
Como um trem que se vai de sua estação
Vai do meu coração as coloridas
Tardes em que sorri: a dolorida
E tão desinfeliz recordação.
Em meio à temporal deturpação
Trago nas minhas mãos entristecidas
A cura pras milhares de feridas
Que cá pude forjar na solidão.
Meu coração... até quando no errado
Peito, em devoção, serás guardado?
Quem reiluminará tuas catedrais?
E enquanto o tempo corre sem desejos
Vou costurando lento meus sonetos
Nas minhas solidões dominicais!
Felipe D'Castro