SOBRE ESSA...

Caí sobre esta terra, um dia desses,

da abertura que Deus deixou pra mim,

nesse azul, desse céu que não tem fim,

e busquei, desde então, meus interesses.

Este chão que me acolhe fez-me assim,

criatura que a todos entendesse,

mas não sei de outro tipo como esse

que não olha pra baixo; aéreo, enfim.

É que a velha lembrança dos azuis,

a saudade dos tempos em que fui,

para além, desse espaço, na quimera,

poeira de uma estrela – se eu pudera! –

gera em mim essa eterna nostalgia

que não cedo e por nada cederia.