SEM DEIXAR RASTRO!





SEM DEIXAR RASTRO!
Silva Filho


Vai o poema... (mas eu me detenho)
Invadir teu coração sem deixar rastro.
Levando meu amor apenas em desenho
Tomando a fantasia... como lastro.

Embaralho meus apelos, meus desejos
Juntamente com as letras abstratas
Queda-se o meu poema em solfejos
Quiçá! Um dia convertidos em cantatas.

Teu coração... quero sentir pelas caladas.
Descortinando essas noites estreladas
Para saber do teu amor por mim!

Qualquer atalho pode ser a minha estrada.
Qualquer quimera eu aceito de mãos dadas,
Mas não aceito que o sonho tenha fim!