PLAINAS

Andejo pelas vias muito tristes,

Lembrando, relembrando o teu aceno;

Dizei-me ó meu amor, porque partiste?

Por que ver meu olhar turvo e sereno?

Eu tento te esquecer, mas, tudo insiste,

Em dar-me outro sonho, belo, ameno,

Sabendo que é ilusão, que inexiste,

Amor, ora em teu peito, fundo, pleno!...

Esqueço o meu caminho e, as lembranças,

Viajam aqui comigo, com esperanças,

Que todo o amor que tinhas volte ainda...

Quem dera eu voltasse a ser criança;

Brincar por estas plainas em bonança,

E achar a morte amiga, bela, linda!

Arão Filho.

São Luís-MA, 09/07/2013