Desperto, mato um sonho e me defendo !
Era noite, altas horas, madrugada...
O despertador sobre o criado-mudo
A sua volta cronometrava tudo
Mas tal crime não tem hora marcada!
Naquele quarto; suado e ofegante,
Com as duas mãos sobre a CABEÇA fervente,
Como quem segura uma ARMA inda quente
Sucumbe de mais um SONHO importante!
De homicídios quase nada entendo
Mas sem provas, sem corpo não há crime
Que em sentença punitiva culmine
E nesta noite vindo à realidade
Eu, sem dolo, mas em fatalidade
Desperto, mato um sonho e me defendo !