LUSITANOS
Ao ler de José Régio o Cântico Negro,
De Fernando Pessoa o Cancioneiro,
Um verso brando d’ Almada Negreiros,
Mário de Sá Carneiro dá-lhe prego.
Como um parnasiano templo grego
Alexandre Herculano, o romanceiro,
Viu-se de toda gente o primeiro,
O Camões lusitano a que me entrego.
Eu ponho-me a ler Cesário Verde
Sem nada a ver com Antero de Quental
E António Nobre austero à rima branca.
Como um pobre rosário que se perde
N’água doce do Tejo, em Portugal
Mágoas que eu vejo em flor, Florbela Espanca.
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Ao ler de José Régio o Cântico Negro,
De Fernando Pessoa o Cancioneiro,
Um verso brando d’ Almada Negreiros,
Mário de Sá Carneiro dá-lhe prego.
Como um parnasiano templo grego
Alexandre Herculano, o romanceiro,
Viu-se de toda gente o primeiro,
O Camões lusitano a que me entrego.
Eu ponho-me a ler Cesário Verde
Sem nada a ver com Antero de Quental
E António Nobre austero à rima branca.
Como um pobre rosário que se perde
N’água doce do Tejo, em Portugal
Mágoas que eu vejo em flor, Florbela Espanca.
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