O ADEUS DE IRACEMA
Folhas de outono que rolam ao vento
Perdem-se como brumas no infinito
Assim foi meu amor, que outrora bonito,
Foi-se como as plumas, em meio ao tempo.
Ainda que tácito eu lembre aflito
Que outrora eu cálido ó! Iracema
Em meu peito gravado aquele poema
Que nele o teu nome estava escrito.
Quanta lembrança de nós lá na tenda
Ao lado da gruta, ao entardecer,
Ouvindo a acauã, ao anoitecer.
Saudades ó estrelas! Belo o luar
Eu cantava a canção de amor um poema
E ao amanhecer, o adeus de Iracema.