PERDIDA
Vejo-me perdida em minha sombra
Não sei quem fui e nem o que sou
Os murmúrios do passado na madrugada
Convertem em métrica a minha dor.
A minh'alma chora o desamor.
Da dor que me acompanha dia a dia
Sublimar uma dor com poesia
É abafar um pranto com amor.
Os momentos que em silêncio
Escrevo as minhas dores
São fragmentos da verdade que anuncio.
E a mistura do real com a fantasia
Faz os espinhos transformar-se em flores
E cada pétala exala o aroma da alegria.
Iracema Patrício